domingo, 9 de diciembre de 2007
Acuarela
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo.
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo.
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva.
E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva.
Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel,
num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu.
Vai voando contornando a imensa curva norte sul.
Vou com ela viajando, Havaí, Pequim ou Istambul.
Pinto um barco a vela branco navegando.
É tanto céu e mar num beijo azul.
Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená.
Tudo em volta colorindo com suas luzes a piscar.
Basta imaginar e ele está partindo, sereno indo,
e se a gente quiser ele vai pousar.
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida,
com alguns bons amigos, bebendo de bem com a vida.
De uma América a outra eu consigo passar num segundo.
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo.
Um menino caminha e caminhando chega num muro.
E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está.
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar.
Não tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegar.
Sem pedir licença muda nossa vida, e depois convida a rir ou chorar.
Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá.
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar.
Vamos todos numa linda passarela de uma aquarela
que um dia enfim….
descolorirá!”
"hay tanta belleza en el mundo, a veces siento como si la contemplara toda de golpe....y me abruma...."
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